Fidel Castro renunciou à Presidência de Cuba e a direita do mundo inteiro comemorou o "fracasso" do socialismo.
"O capitalismo venceu", proclamaram os porta-vozes do sistema.
"Morreu um sonho romântico", decretou o cineasta de quinta.
Bush e os cubanos de Miami comemoraram.
O presidente americano disse que Cuba precisa fazer a "transição democrática" e condenou os "abusos contra os direitos humanos praticados pelo regime cubano".
Os EUA são experts em democracia e direitos humanos. A prisão de Guantánamo é a maior prova disso. As invasões do Afeganistão e do Iraque idem.
A mídia omite o embargo econômico americano contra Cuba, que dura mais de quatro décadas e condena o povo cubano a racionar até mesmo alimentos. Essa política de genocídio viola o Direito Internacional e contraria várias resoluções da ONU.
Mas o povo cubano, heróico, ainda resiste, sem abrir mão da sua soberania. E continuará resistindo, mesmo sem Fidel na Presidência.
Para calar a boca dos críticos, cito um trecho do livro "A Ilha", do jornalista Fernando Morais, que conta que na capital Havana, há um imenso outdoor na saída do aeroporto com a seguinte frase:
"Hoje, 50 milhões de crianças no mundo inteiro não têm onde dormir. Nenhuma delas é cubana."
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