Vocês viram o bate-boca entre os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Agripino (DEM-RN), ontem, em Brasília?
O bicho pegou por lá. Renan discursou se defendendo das acusações de que teria utilizado "laranjas" para comprar empresas em Alagoas, publicadas na revista Veja desta semana.
Foi aí que Agripino "aconselhou" Renan a se licenciar da Presidência do Senado, sob pena da oposição obstruir as votações de interesse do Governo Federal.
Renan reagiu e alfinetou Agripino: "Vossa Excelência mesmo, se estivesse nessa situação, com os negócios que tem, com as concessões que tem, com os financiamentos bancários e estatais que Vossa Excelência tem, talvez não agüentasse duas semanas de acusação como eu tenho agüentado", disse Renan.
Eu, assistindo de casa, vibrei com isso. Claro que Renan não é exemplo de moral para ninguém. Está até o pescoço de lama nessa história toda. Mas, pela primeira vez, em rede nacional, alguém disse umas verdades a José Agripino.
Foi bom vê-lo irado ao ser "peitado" por Renan, ver aquela máscara de falso moralismo cair. Botaram o dedo na ferida do queridinho da oposição.
Faz tempo que denuncio aqui o uso abusivo que senador José Agripino faz da concessão da TV Tropical, retransmissora local da Rede Record. A transmissao diária dos discursos dele e, agora, dos discursos do filho dele também, deputado federal Felipe Maia (DEM-RN), é só um exemplo.
O Brasil agora sabe que a virgem que dá lições de castidade não passa de uma velha meretriz.
P.S.: A Folha Online de hoje, ainda repercutindo a discussão de ontem entre os senadores, errou feio ao informar que Renan acusou Agripino de ter "uma série de empresas e concessões em Alagoas".
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