Ambientalistas e comunidade de Anapu lembram morte de Dorothy Stang e pedem paz na região
Os ambientalistas da organização não-governamental Greenpeace e a comunidade de Anapu (PA) realizaram, neste sábado, ato público para pedir paz na região. O município de pouco mais de 8 mil habitantes, cravado na chamada "Terra do Meio", ficou conhecido em todo o país e no exterior em 12 de fevereiro de 2005, quando foi assassinada com seis tiros a missionária norte-americana Dorothy Stang.
O pistoleiro Rayfran das Neves, conhecido como "Fogoió", e seu comparsa Clodoaldo Batista foram julgados e condenados a 27 e 17 anos de prisão, respectivamente. Os fazendeiros acusados de ordenar e intermediar o crime ainda aguardam o julgamento da Justiça brasileira.
Naturalizada brasileira, a irmã Dorothy vivia há mais de 30 anos na região da Transamazônica. Quase metade de sua vida foi dedicada à defesa dos trabalhadores rurais. Desde 1972, a missionária trabalhava com as comunidades rurais de Anapu e sua luta era pelo direito à terra e a adoção de um modelo de desenvolvimento sustentável que promovesse melhor qualidade de vida para a comunidade.
Amanhã (12), uma comitiva do governo federal estará em Anapu para participar de outras homenagens ao primeiro ano da morte da missionária. Integrarão a comitiva o secretário especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi; o secretário executivo do Ministério da Justiça, Luís Paulo Teles Barreto; a coordenadora da Secretaria da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Muriel Saragoussi, e o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart.
Agência Brasil
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