Família cria Instituto Vladimir Herzog para preservar memória do jornalista
No próximo dia 26 de junho, na Cinemateca de São Paulo (SP) será lançado o Instituto Vladimir Herzog, uma iniciativa da família do jornalista, com apoio de mais de uma dezena de instituições. “Vlado” faria 72 anos no dia 27 de junho, se não tivesse sido assassinado em outubro de 1975 nos porões do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), temido órgão de repressão política da ditadura militar.
O instituto terá como missão organizar o acervo de documentos, textos e fotos de Vladimir Herzog que, além de jornalista, era fotógrafo, cineasta e professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). A Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura de São Paulo, onde o jornalista atuou como diretor, doou parte do material que ficará disponível para pesquisa e consulta.
Além de perpetuar a memória de Herzog, o instituto discutirá os caminhos do jornalismo atual. “A imprensa é a história do hoje. Ela reporta o que está acontecendo agora. E tem o papel de suprir informações que faltam à sociedade”, diz Ivo Herzog, filho de Vladimir, contando que o instituto quer fomentar a discussão sobre a produção da notícia, a vida nas redações e a atividade dos jornalistas.
Juntamente com o Sindicato dos Jornalistas (SP), o novo instituto será responsável pelo Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, instituído em 1979. As próximas edições do prêmio passarão a reconhecer as reportagens que tratem dos “direitos humanos intangíveis”, anuncia Ivo Herzog, explicando o objetivo de estimular as reportagens que mostrem como a corrupção e o mau uso do dinheiro público, por exemplo, prejudicam os direitos humanos.
Agência Brasil
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