Tribunal complica Alckmin
De Frederico Vasconcelos na Folha de S.Paulo, hoje:
"O Tribunal de Contas do Estado rejeitou a tese de "erro formal" nos contratos da Nossa Caixa com as agências Full Jazz e Colucci sustentada pelo ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano à presidência da República. Em decisão unânime, julgou ontem que houve "afronta à legalidade e moralidade" nos "ajustes verbais" que permitiram às duas agências receber R$ 45,4 milhões, num fluxo de pagamentos que perdurou até setembro de 2005.
De Frederico Vasconcelos na Folha de S.Paulo, hoje:
"O Tribunal de Contas do Estado rejeitou a tese de "erro formal" nos contratos da Nossa Caixa com as agências Full Jazz e Colucci sustentada pelo ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano à presidência da República. Em decisão unânime, julgou ontem que houve "afronta à legalidade e moralidade" nos "ajustes verbais" que permitiram às duas agências receber R$ 45,4 milhões, num fluxo de pagamentos que perdurou até setembro de 2005.
Ou seja, o banco continuou a fazer pagamentos "de forma injustificada" às duas agências, mesmo depois de instaurar a sindicância interna, em 30 de junho de 2005.
Para o tribunal, houve "desvio de finalidade" na veiculação de anúncios da Nossa Caixa "em veículos ligados a deputados estaduais". A Folha revelou, na edição de 26 de março, que o Palácio dos Bandeirantes orientou essas despesas. Para o TCE, não ficou demonstrada a relevância desses anúncios para "os fins comerciais pretendidos" e "tampouco a adequação dos valores pagos".
O TCE julgou os contratos firmados pelo atual presidente do banco, Carlos Eduardo Monteiro, e pelo ex-diretor de infra-estrutura Odair Ziolli. Em apenas oito meses, o banco exauriu a verba prevista para gastar em 18 meses. Para o tribunal, não ficou esclarecido o motivo da "intensa concentração" de serviços no "curto espaço de tempo"."
De carona com Dantas
De Leonardo Souza na Folha de S.Paulo, hoje:
"Dois senadores do PFL confirmaram à Folha que pegaram carona em aviões sob a responsabilidade do Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. Heráclito Fortes (PI) admitiu ter usado várias vezes aeronaves do consórcio Voa, então administrado pelo Opportunity, para viajar para o Piauí e entre cidades do Estado.
Já o presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC), disse que voou com Dantas em 1998 por conta do aniversário do pefelista Luís Eduardo Magalhães (que morreria em abril daquele ano), mas afirmou não saber se o avião pertencia ao consórcio. Ele se recorda que conversou com Dantas sobre a campanha de Luís Eduardo ao governo da Bahia. Questionado se fez outros vôos em aviões cedidos pelo Opportunity, Bornhausen afirmou que não se lembra, mas não afastou a possibilidade. Disse que, se usou jatinhos do banco, o fez por orientação do partido.
O Opportunity disse que o Voa -que também era integrado pela Brasil Telecom e Telemig- foi constituído só no final de 1998, e por isso Bornhausen não poderia ter voado num avião do consórcio. O Opportunity negou ainda que Dantas tenha ido ao aniversário de Luís Eduardo em 1998."
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